sábado, 29 de junho de 2013

Ora et labora - trilho de S. Bento (29.06.2013)

No meu penúltimo dia de férias, decidi ir dar uma voltinha nas redondezas. Pois é, são outras redondezas, estas a que o meu desequilíbrio me trouxe. Ou as mesmas? Somos onde temos o coração (outro Santo: Agostinho) e o meu já está por aqui há muito...

Resolvi-me por S. Bento da Porta Aberta. S. Bento, criador dos Beneditinos, monges que oram e trabalham, a quem eu agradeço sempre por ter trabalho, a quem peço que o trabalho não me falte. A quem pedi desta vez que esteja comigo para que eu dê o meu melhor nesta nova aventura geresiana! 

É grande a importância deste santuário para as gentes da região, que animam - até de modo bastante festivo - as suas imediações. Como tudo aqui se mistura, o sacro e o profano, o cristão e o pagão! Também eu fiz a minha pequena peregrinação de agradecimento e no fim comprei cerejas...




 A Calecedónia a espreitar entre as árvores.



 Caniçada

 Panorâmica de Freitas

 Poço do Fojo do Lobo

 Tomilho com borboleta

 Pequena ponte sobre o rio Caldo (almoço)

Pois é, daqui comecei a subir para as furnas da cal, mas fiz um zigue em vez de um zague e só reparei já tinha subido muito para o lado errado (mas em compensação tinha molhado completamente a camisola numa represa!) e desisti de lá chegar, pois já não aguentava o Sol abrasador. 
 
 Calçada até Seara


 Este veio comigo...
 



Peregrinatio facta est.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Die Rose ist ohne Warum.
Sie blühet, weil sie blühet.
Sie achtet nicht ihrer selbst,
fragt nicht, ob man sie siehet.
Angelus Silesius, Der cherubinische Wandersmann

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Adenda ao Inventário IV

Uma pedra trazida do Fim da Terra, agarrada na tempestade, junto ao Farol.
Um frasco de mel da Serra, tão doce e amargo como quem mo deu.
Uma pinha aberta e outra fechada, de pinheiro silvestre, de dois caminhos.
Duas folhas de Outono, da Mata da Albergaria (linda, linda que está a ficar, a cobrir-se de ouro): uma de carvalho, outra de vidoeiro (creio eu...).
Duas folhas de louro colhidas junto a Vilarinho, a desaparecer nas águas.
Um molho de poejo, colhido da muralha do forte romano junto aos banhos quentes: poejos romanos.
Um pedaço de tijoleira romana (que me perdoem os arqueólogos, mas estava longe das escavações).
Uma Bimby das caminhadas - e não só (obrigada a quem me ensina!).
Nódoas negras, o esmeralda do Poço Azul gravado nos olhos, soninho e vontade de voltar: em número que não posso definir.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Desprendimento

Não sou nada, não tenho nada, nem título, nem nome... Sou ninguém. Sou livre de ir e vir. Se vou, é porque quero - não posso dizer o mesmo do vir, mas graças pelo vir, também, que ensina a libertar, a viver de outra maneira. Sem peso. Sem querer querer nada. (Ou ousadia de agarrar o que quero? De ser transparente e verdadeira comigo, sem estar a jogar às escondidas, à espera de um 'rabo de fora'? Será o desprendimento a condição do descaramento? Sem melindres. Sem quid pro quo.) Se estou, estou. Se não estou, quase não existo (será mesmo assim? não me parece... vejo as marcas que deixo poisadas, acarinhadas... mas é o que sinto). Mas quando estou, ocupo por vezes um espaço quase cerimonial, cheio de gestos antigos, de cuidado. Ocupo a noite, principalmente, numa batalha. Mas de dia, fico solta. Posso cabritar à vontade. Já sei que, se me vir aflita, uma mão puxa-me para continuar. Mas só isso, só esse gesto súbito que liberta, não prende. Há uma lealdade implícita, nem mais nem menos. Imensa liberdade. Imensa verdade. Sem concessões, sem fazer jeitos. 
Sempre procurei o desprendimento. Agora resta-me vivê-lo. Deus escreve direito por linhas muito, muito, muito tortas...

sábado, 22 de outubro de 2011

Notícias tuas

120 caracteres no ecrã do telemóvel. (Os olhos ainda estão vermelhos da saudade que os inundava minutos antes. Como se adivinhasses.) Sem me dar conta, aproximo-o da boca, como num beijo, no meio da grande superfície, indiferente aos olhares. O mistério da simultaneidade: existes no mesmo agora que eu! Transcende a distância. Respondo. Eu estou ai e tu cá. Ligação. Presença. Ser.

Sei o ai onde estás - como um abraço.

Único compromisso: dar notícias.

Contaminação

Lá levei os meus formandos da noite a um pequeníssimo percurso por Sintra. Alguns querem repetir, uma vez por mês...




 Onde ficava Lord Byron

 Cores de Outono


 Na cascata, mensagens a divindades pagãs

 Regaleira


 Quinta do Castanheiro

 Andar: para todas as idades






De volta a Sintra

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Qualquer pretexto é bom para andar...

Preparação de visita de estudo - PR 5 Sintra: Quintas




 Quinta da Regaleira



 Quinta do Castanheiro




 Quintas e mais quintas...

 Finalmente fora da estrada (ai que saudades do Gerês...)




 Marota, que não a via.


 Lenhadores nas imediações.



 Subida para a Vila


 Já tenho almoço!





De volta ao Centro Histórico